sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Concurso Tirando de Letra no forno

A partir da brincadeira do Stop (Adedonha) promoveremos um concurso no decorrer deste semestre nas escolas adesas ao programa livro-carta-mural.

Veja abaixo o novo leiaute do Stop.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fruto da oficina com os professores da EMEF 12 de Outubro

Esboço de um plano de aula a partir da brincadeira do Stop (Adedonha) presente no 5º capítulo de O Menino e a Palavra

Tema transversal: educação para a saúde

- Fruta/Verdura/Legume (FVL)
  . hábitos saudáveis
  . higiene dos alimentos e corporal
  . prevenção de doenças como as verminoses
  . possibilidade de ser criar a categoria doenças no Stop

- Abordar as doenças regionais

Transdisciplinaridade

Língua Portuguesa
- gramática / ortografia
- nomes próprios / substantivos / adjetivos
- ordem alfabética

História/Geografia
- Cidade/Estado/País (CEP)
- frutas regionais

Matemática
- soma e subtração
- noção de conjunto
- relação de igualdade
- números decimais (correção dos pontos e subtração dos erros ortográficos)
- problema em torno do troco (compra e venda de frutas/verduras/legumes)

Ciência
- a importância das hortaliças e das frutas

stop-adedonha

3ª edição do Livro-Carta-Mural nas escolas municipais de Porto Velho

Estamos reiniciando o trabalho junto às escolas municipais de Porto Velho.

Atenderemos alunos do ensino fundamental (3º ao 5º ano) e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). 

A oficina de formação dos professores já se iniciou nesta semana (15 a 19 de agosto).

Estivemos na escola 12 de Outubro. A recepção foi a melhor possível. 

Vejam as fotos:


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Matéria sobre o livro-carta-mural no site da Livraria SBS

Tempo de maturação: o método livro-carta e o incentivo à leitura e produção textual em escolas municipais de Porto Velho, Rondônia, Amazônia Ocidental... 

Abel Sidney

O título acima indica que este texto se assemelha a um ensaio. E é este mesmo o formato que escolho para trocarmos dois dedos de prosa sobre o “livro-carta”.

Neste ano de 2011 estamos no terceiro ano de aplicação do Programa de Incentivo à Leitura e Produção Textual Livro-Carta-Mural junto aos alunos da rede pública municipal de Porto Velho. Dez escolas, 3500 alunos, tendo-se como público-alvo crianças do 3º ao 5º ano e jovens e adultos da EJA/Ensino Fundamental.

Em síntese, o programa lança mão das estratégias do folhetim na apresentação das narrativas a serem lidas e trabalhadas a partir do lema ler e escrever com prazer. Estas narrativas são lidas coletivamente; em sala de aula (com material personalizado) e chega, por fim, à casa de cada aluno. Simples assim!

Entre o primeiro esboço do formato (ou gênero) livro-carta, em 1997, em carta dirigida ao meu filho e a presença do material lúdico-literário-pedagógico nas escolas, lá se vão 14 anos!

Um pouco antes eu havido me mudado de Ji-Paraná para São Miguel do Guaporé; de lá retornei a esta primeira cidade, de onde me mudei para Porto Velho, cumprindo uma sina de andarilho (cinco estados e dez cidades).

Entre as mudanças de cidade, as de ocupação e emprego: de professor e servidor público a empresário; de empresário a servidor público; de servidor público a professor; de professor e empresário a servidor público, empresário e escritor...

Em São Miguel do Guaporé, na época uma cidade com pouco mais de 5 mil habitantes, retomei a escrita, que ficara latente, desde os tempos da universidade, aguardando possivelmente “tempo propício”... O tempo havia chegado. Nasceriam ali os contos do meu primeiro livro: Esboço da obra-da-vida-inteira, lançado em 2003, pela editora da Universidade Federal de Rondônia.

Ao Esboço juntei uma narrativa em livro-carta, a primeira a ser publicada: As pernas curtas de Dona Mentira, que hoje aguarda recursos para ganhar edição própria.

Em setembro de 2006, em Porto Velho, foi realizado o primeiro teste piloto do Livro-Carta-Mural, na Escola Estadual Juscelino Kubitschek, com 570 alunos.

A ideia do mural nasceu do propósito de partilhar a leitura entre outros alunos, professores, técnicos e demais integrantes da comunidade escolar – além dos alunos e professores que, de modo direto, trabalhariam com as narrativas em sala de aula.

Neste piloto, não só o gênero se tornaria exitoso, mas também a ideia da partilha pública, que ocorreu originalmente com O menino e a palavra, narrativa com onze capítulos, apresentada ao público-leitor como uma novela - um capítulo por dia sendo afixado no mural e entregue em sala de aula.

Em 2007, realizamos mais pilotos em escolas estaduais e municipais, aprimorando o método.

Em 2008, o desafio foi elaborar quatro conjuntos de narrativas que foram trabalhadas como material de apoio literário-pedagógico em cursos semi-profissionalizantes do Senac-RO.

Público-alvo: adolescentes em risco social e sob tutela do Conselho Tutelar e três grupos de mulheres inscritas no Programa Bolsa Família. Novo êxito.

Em 2009, finalmente, conseguimos promover as primeiras experiências em escala maior, junto a cinco escolas municipais, tendo ultrapassado a marca dos dois mil alunos.

As maiores surpresas, nestes tempos de maturação do livro-carta-mural, aconteceram em 2010.

O intenso entusiasmo dos alunos pôde ser percebido nos protestos dos alunos das turmas do 1º e 2º anos, que não foram inclusos no programa e acompanharam as narrativas no mural, também tomando contato com “o material personalizado” que seus irmãos e colegas recebem – com seus nomes impressos em cada capítulo e principalmente com as “brincadeiras e desafios” existentes apenas nesta versão do material.

O envolvimento das turmas e de cada aluno em particular culminou em situações como a da reversão da expectativa da reprovação de dois alunos que, segundo a professora, caminhavam a passos seguros nesta direção... Nos primeiros dias do trabalho com a narrativa Descobrindo a grande família estes alunos perceberam que deixariam de se divertir, de vivenciar a expectativa do próximo capítulo, de interagirem com a própria família (na elaboração da árvore genealógica) e “pediram socorro” à professora, reconhecendo suas limitações e aonde desejavam chegar para se equipararem aos colegas na participação das atividades de leitura e escrita.

Bem, a conversa vai se encerrando por aqui... Como não temos ainda condições, por ora, de expandir o programa para outras regiões, temos deixado de divulgá-lo mais intensamente.

Quem desejar mais bem conhecê-lo há alguns esboços no meu blog (abelsidney.blogspot.com) e também estou à disposição para envio de amostras do material e dos relatórios relativos à aplicação do programa (abelsidney@gmail.com). Do mesmo modo, temos desejado que os acadêmicos (professores e alunos) demonstrem interesse em tomá-lo como “objeto de estudo”. Até mais ver!

Biodata do autor

Escritor, servidor público, educador (professor "fora de sala de aula"): assim se define este autor, que tem desenvolvido recursos "lúdico-literário-pedagógicos" para tornar a prática da leitura e da escrita mais que um hábito, um prazer. Depois de ter morado em quatro estados e nove cidades, acabou por fixar-se em Porto Velho, Rondônia, onde tem experimentado as potencialidades do Livro-Carta-Mural, programa de incentivo à leitura e produção textual. Formou-se em Ciências Sociais e Administração de Empresas, trabalhou durante muitos anos na área de informática, descobriu a educação e a literatura e segue buscando trilhas novas para a arte-educação. Acredita piamente que um dia sairá "do limbo" e deixará algumas contribuições importantes na área em que está militando.

Fonte: Livraria SBS (Special Books Services)
http://www.sbs.com.br/virtual/etalk/index.asp#